A Associação dos Moradores do Conjunto Habitacional "Chico Mendes", fundada em 29 de Outubro de 1989, está localizada na Rua Pacuã, 101 - São Paulo/SP. Buscando sempre o benefício da comunidade e adjacentes, estamos a 20 anos na luta pela cidadania, pelos direitos da comunidade e pela inclusão social e digital. Para nos contactar: Assoc. Chico Mendes Rua Pacuã, 101 - Conj Hab. São Bento CEP 05885-490 Tel.: 5822-0121

sábado, 2 de outubro de 2010

Festa de Confraternização de Final de Ano na Associação "Chico Mendes"

Foi realizado no dia 20 de Dezembro de 2009 a Festa de Confraternização de Final de Ano da Associação dos Moradores do Conjunto Habitacional “Chico Mendes”.
Como é habitual este evento, a comunidade foi convidada a participar conosco.
Contamos com a participação dos usuários do Telecentro, dos alunos do Professor e Mestre de Capoeira Cidico e com todos os amigos e parceiros.


Num primeiro momento, o Professor Cidico realizou uma apresentação de agradecimento aos seus alunos da Capoeira, do Grupo da Terceira Idade, do Alongamento e da Ginastica Artistica e aos membros da Associação num vídeo emocionante.
Após essa apresentação, foram servidas os pratos e bebidas trazidos pelos membros da comunidade e da Associação e todos se banquetearam.
Logo depois de satisfeitos, o som foi ligado e todos começaram a festa.


Varios estilos musicais foram tocados e as crianças, os jovens, os adultos e os idosos se divertiram muito.
A Festa de Confraternização rolou até as 22h45, quando todos já estavam cansados e satisfeitos.
Esta foi uma ótima maneira de realizar uma passagem de ano e, de entrar um novo ano com muitas propostas e planos.






Baile à Fantasia de Carnaval

E é Carnaval na Associação Chico Mendes e o Casa Brasil não poderia deixar de comemorar essa data tão festiva!!
Domingo, dia 22 de Fevereiro de 2009, realizamos o 1° Baile à Fantasia de Carnaval na Associação Chico Mendes.
Muita música e diversão!!! Todas as crianças vieram fantasiadas e se divertiram muito!!



Num Mix de músicas, apresentou-se no auditório do Casa Brasil, uma banda de rock da comunidade. Jovens de 14 a 16 anos tocando aquilo que gostam e sabem fazer...
O show não foi muito esperado pela platéia afinal, era Carnaval mas, no final, todos gostaram da ideia.
Logo após a apresentação da banda, muita música e alegria no salão principal da Associação Chico Mendes. Com direito a trenzinho da alegria, concurso de fantasias e muitas brincadeiras.
 
Muita diversão e alegria foi o que aconteceu neste Baile de Carnaval!!
No próximo, queremos contar com a sua presença!!

Sarau Comunitário


É com grande prazer que a Associação Chico Mendes, o Projeto Casa Brasil e parceiros convidam a todos a participar do Sarau Comunitário - Juntando a Massa.

O projeto tem o intuito de “juntar a massa”, trazer pessoas de todos as localidade de São Paulo que tem o interesse em declamar poesia, contos e cantar, sendo uma formar descontraída e divertida de aprender literatura e declamar poesia, resgatando talentos existentes na periferias de São Paulo, dando sempre a oportunidade e acreditando em surgimento de novos talentos na própria comunidade.

Um
sarau (do latim seranus, através do galego serao) é um evento cultural ou musical realizado geralmente em casa particular onde as pessoas se encontram para se expressarem ou se manifestarem artisticamente. Um Sarau pode envolver dança, poesia, leitura de livros, música acústica e também outras formas de arte como pintura e teatro. Evento bastante comum no século XIX que vem sendo redescoberto por seu caráter de inovação, descontração e satisfação. Consiste em uma reunião festiva que ocorre à tarde ou no início da noite, apresentando concertos musicais, serestas, cantos e apresentações solo, demonstrações, interpretações ou performances artísticas e literárias. Vem ganhando vulto por meio das promoções dos grêmios estudantis e escolas. (Fonte: Wikipédia, a enciclopédia livre).

Por meio desses encontros será possível aproximar interesses em comum, dando ênfase à própria comunidade, e convidados de outros locais para recitar poesia, tocar algum tipo de instrumento, discutir assuntos da atualidade e de interesse do grupo de maneira crítica, com o intuito de fazer com que os indivíduos envolvidos se sintam pertencentes e valorize o bairro. Nosso objetivo é
resgate de culturas e o despertar do interesse das crianças e adolescentes para o gênero poético. Possibilitando que todos leiam o que quiserem e como quiserem. Assim, as pessoas se aproximem dos livros de poesia de forma mais lúdica.

Este evento acontecerá todos os 3º sábado de cada mês, a partir das 18h30, na associação Chico Mendes Rua Pacuã, 101 - Conjunto Habitacional São Bento.

Abaixo, um mapa de como chegar no local.













CONTAMOS COM A SUA PRESENÇA!!!!

Histórico da Associação Chico Mendes

Associação Chico Mendes

A Associação dos Moradores do Conjunto Habitacional “Chico Mendes”, anteriormente denominada de Associação dos Moradores do Conjunto Habitacional São Bento I, retrata sua história na luta de vários Movimentos de Moradia da região de Campo Limpo – zona sul de São Paulo; que desde 1986 indicavam várias áreas para desapropriação pelo poder público estadual, algumas delas foram: Jardim São Bento (pertencente a Kopenhagen), Feitiço da Vila (particular), Jardim São Luís (particular), Jardim Martinez (particular), entre outras. Porém, estas citadas foram às áreas aprovadas para desapropriação de interesse social em decreto-lei de 15/03/88 – D.O.E.; glebas estas que faziam parte do um banco de terras da CDHU / SH do Estado.
Foram várias as reuniões nos órgãos públicos, e com as famílias que na época somavam, mais ou menos, em torno de 1000 a 3000 cadastradas em cada movimento, também mobilizadas várias manifestações nas áreas, e na Avenida Paulista: sede da Secretaria, para provocar o início das obras. Que aliadas às promessas do então Governador Orestes Quércia que em seu governo construiria 400.000 casas.
Somente em 1988, começaram as construções por Empreiteira das 660 unidades no Projeto Jardim São Bento I que, em nossa proposta inicial era para se construir 1000 unidades em regime de Mutirão – a exemplo da Cohab Adventista, Pq. Fernanda, Vila Arco Íris (Capela do Socorro) que assim tinham feito com ótimos resultados; nestas reivindicações e negociações empreendidas, também havia as “promessas verbais” de compromisso, e outras ações documentadas, de que os movimentos organizados teriam estas unidades divididas entre si.
Quase no final de 1988, os Movimentos de Moradia, organizados e envolvidos, com famílias, em número duas vezes superior a demanda necessária foram cadastradas, pelo próprio poder público na figura da Companhia de Desenvolvimento Habitacional (CDH), sentiram o prenúncio de uma “rasteira”, que políticos oportunistas em campanha eleitoral na época – eleição para prefeito e vereadores, sendo João Leite: candidato do governo; prometiam e mostravam nos comícios aos correligionários, as inacabadas unidades que ainda estavam sendo construídas. Esperavam com isso a “caça” ou a “compra” dos votos; articulavam mecanismos da máquina administrativa em total desrespeito aos Movimentos organizados.
Os Movimentos se uniam em diversos momentos – num desses montaram então uma estratégia, para uma ocupação geral; no último domingo de novembro para a área se encaminharam, que cercada por policiais (com cães, cavalos e choque) impediam que nela se entrasse; começam as lideranças, a negociar com o Comando da Tropa – com intervenção da Deputada Federal Irmã Passoni audiência com o próprio Governador. Estabelece-se então a trégua, porém a mesma se romperia, se a negociação marcada com o Governador não se efetivasse, pois que somente queriam o cumprimento dos acordos estabelecidos.
Mas tudo se encaminhou e, os Movimentos garantiram seus direitos e começaram a fazer os levantamentos sócio-econômicos de suas famílias e a habilitação exigida pela lei do Sistema Financeiro Habitacional em vigor. Em 02/02/89 as primeiras 174 famílias mudaram-se para o Conjunto e, em 13/04/89 as 486 famílias restantes receberam suas chaves; mudando-se definitivamente para seu direito de cidadania conquistado. Direito este que só foi possível e garantido depois de muita luta e sofrimento.
Sabemos que se juntam neste espaço, famílias oriundas de sete agrupamentos, sendo que no início da luta eram apenas três; assim, foram divididas as unidades entre os Movimentos: 205 unidades para as famílias cadastradas da Associação Pró-Moradia Zona Sul, 175 unidades para as famílias cadastradas do Movimento de Moradia de Vila Remo, l75 unidades para as famílias cadastradas do Movimento de Moradia do Jardim Macedônia, 50 unidades para as famílias cadastradas das Sociedades Amigos de Bairro do Jardim Lilah (Mirtes) e Jardim Irene (Lourdes), 08 unidades para as famílias do Movimento de Moradia da Pedreira (Vicente), e finalmente, 47 unidades para famílias cadastradas na “lista” da CDH.
Desde o início, em que mudamos para cá, tivemos uma luta muito árdua devido às dificuldades de entrosamento com os vários Movimentos em busca de uma frente unificada, para a garantia das conquistas e dos direitos ao bem-estar social. Tentamos por diversas vezes, fazer uma reunião em conjunto com as lideranças dos Movimentos e os moradores em geral, mas só conseguíamos fazer Assembléias com os moradores. Com as lideranças nunca fora possível o êxito pretendido, devido a várias divergências pessoais e políticas de cada um e, nossos problemas se agravavam cada vez mais dentro do Conjunto.
Nós (alguns da Diretoria atual), que fazíamos parte das Comissões dos Movimentos na época, montamos uma Comissão de Moradores e que, em uma das Assembléias com os mesmos, passamos a ser então, a Comissão Representativa dos Moradores para fazer frente aos problemas que enfrentávamos. E era necessário que negociássemos com o Poder Público, na figura da CDH/Estado e da Prefeitura:- o término das obras (casas com construção inacabada que foram entregue as famílias); asfaltamento das ruas (algumas com várias erosões ameaçando a estrutura das próprias casas); iluminação pública inexistente; escolas; creches; etc. Enfim, conquista da dignidade humana e do bem-estar social.
Mas, para fazer frente a estes e outros problemas era necessário à formação de uma entidade jurídica legalizada aqui no Conjunto e, partindo deste princípio, elaboramos nosso Estatuto Social. Em 29/10/89, convocada antecipadamente, a primeira Assembléia Geral Ordinária dos Moradores que por aprovação dos presentes, foi fundada e aprovado a ASSOCIAÇÃO DOS MORADORES DO CONJUNTO HABITACIONAL SÃO BENTO I e aprovado seus Estatutos, bem como, eleita sua primeira Diretoria que era composta por: José Aparecido Martins de Souza, Aparecida Benedita Ribeiro de Morais, Manoelito Rodrigues da Silva, Maria Salete de Faria, Silvano Correia dos Santos, Salete Maria de Araújo Oliveira, Josenildo Ferreira da Silva, Edivino Krupek, Francisco da Mata da Silva, Cinelza Alves dos Santos, Luzia Cerqueira da Silva, Zelita Fernandes Cavalcante dos Santos, Nadja Maria Alves de Oliveira, e Valdemir Pessoa de Oliveira. Com a finalidade primeira de: promover a mobilização e organização social para levantar todos os problemas deste Conjunto Habitacional, propondo e encaminhando soluções, sempre levando em conta os interesses coletivos de seus moradores.
Diante destas finalidades, traçamos Estatutariamente como objetivos o que se segue:
· Organização e representação aos moradores locais;
· Promoção de convênios com outras Entidades, para os problemas de moradia e outros a ele relacionados;
· Incentivação a participação popular em Movimentos Populares;
· Incentivação a formação de grupos de vigilância para assegurar a integridade da Comunidade;
· Promoção de união, defesa, amparo e auxílio mútuo – nos interesses e necessidades dos associados;
· Centralização de informações sobre as condições de moradia e apontando suas irregularidades, denunciando seus responsáveis;
· Desenvolver atividades recreativas, sociais, esportivas, assistenciais e culturais;
· Desenvolver trabalhos comunitários, através de programas educacionais, profissionais e de assistência social;
· Contratação de mão-de-obra especializada para trabalhos específicos;
· Receber doações, contribuições, recursos, subvenções, patrocínios públicos e/ou privados;
· Efetuar compras comunitárias de materiais de construção;
· Reivindicar a construção, implantação, criação de equipamentos comunitários;
· Participar dos projetos e empreendimentos de iniciativa pública e/ou privada;
· Incentivar e conscientizar a população sobre Saúde, Transporte, Educação, Higiene, Abastecimento, etc...;
· Viabilizar cursos, debates, palestras, seminários de formação para uma conscientização social, com a organização e participação de todos os integrantes da Associação;
· Orientar, buscar e colocar à disposição dos Grupos de Trabalho, equipes técnicas de assessoria;
· Discutir e viabilizar novas alternativas sociais, econômicas e políticas a serem desenvolvidas nos Grupos de Trabalho;
· Respeitar a autonomia de todos os Movimentos Populares.
Posto em prática cada objetivo elaboraremos e, teremos Regimentos Internos que disciplinará cada novo empreendimento.
Em 1990, começamos a desenvolver um trabalho com a aprovação das famílias moradoras de nossa Comunidade que era um levantamento da carência habitacional da região, e em 10/03/91 constituímos o Grupo de Trabalho denominado MOVIMENTO DE MORADIA “CHICO MENDES”, hoje com personalidade jurídica própria devido exigências legais para assinatura de convênios para construções habitacionais. Para o atendimento as necessidades das famílias que moravam, e ainda moram, em situação de sub locação, empréstimo, aluguel – principalmente – em nosso Conjunto Habitacional e nas adjacências; continuando assim, a luta pela transformação social e de conquistas para a dignidade humana através da moradia.
Neste período, começamos também a discutir a mudança em nossos Estatutos Sociais nos quais, em homenagem à “Chico Mendes” líder seringueiro pelos Direitos Humanos demos seu nome ao Movimento de Moradia e que, queríamos estender à nossa Entidade e também a Comunidade, através de nomes nas nossas ruas, praças, lembrando as lutas dos diversos Movimentos Sociais. Em setembro de 1992, por decreto da Secretaria de Habitação da Prefeitura Municipal de São Paulo, na gestão da Prefeita Luiza Erundina, nossas ruas receberam as denominações apresentadas por esta Associação e, as mesmas passaram a configurar o rol de logradouros públicos, com suas codificações oficiais e de cidadania no município de São Paulo.
Conseguimos também, o asfaltamento, a iluminação pública, telefones públicos, escola de emergência (hoje definitiva), quadra de esporte, promovemos vários mutirões de limpeza das ruas e dos bueiros, festas de confraternizações. Além de algumas conquistas na área da moradia, tais como: 40 famílias no Talara – Av. Guarapiranga (mutirão paralisado desde da gestão municipal do Prefeito Paulo Maluf); mais de 60 famílias no Jardim São Luís (mutirão através da CDHU), 23 famílias no Embu das Artes (mutirão iniciado em 98 através da CDHU), em setembro/98 assinamos um Termo de Compromisso com a CDHU de construirmos 100 unidades em mutirão, também no Embu das Artes. E, através do Movimento não pararemos nisto, pois a carência habitacional é muito grande em nossa cidade.
Em 1994, o Governo do Estado decidiu construir mais 192 unidades verticalizadas em nosso Conjunto, porém só fez 160 unidades; deixando 32 unidades nos alicerces. Depois de muita luta com o governo estadual e a CDHU conseguimos retomar a construção através de mutirão, no qual colocamos mais de 10 famílias de nosso Movimento; numa soma geral, mais ou menos 240 famílias, foram assistidas por esta Entidade através da luta de vários (as) companheiros (as) que a despeito das diferenças sociais e políticas contribuíram para tal sucesso. Visando sempre aos objetivos que traçamos em nossos Estatutos e, em nossas metas de vida e utópicos sonhos de luta por uma sociedade humana, fraterna, justa e igualitária; como princípio básico dos Direitos Humanos e Universais em nosso planeta.
Eis aqui, um pequeno relato de uma luta que principia com a certeza de uma mudança real na política habitacional, social e política brasileira. Que entendemos, não basta ter se uma casa, mas sim uma moradia digna, com lazer, com escola, com cultura, com saúde; termos o direito de exercer o nosso direito cidadão, ou seja, o verdadeiro exercício da CIDADANIA, pressupõe que cada brasileiro tenha condições dignas, sociais e econômicas para a sua sobrevivência e de sua família.


BALANÇO DA DIRETORIA

Nestes últimos anos, qualificamos como positivas as orientações que nosso Estatuto determina nas finalidades frente aos trabalhos desenvolvidos no Centro Comunitário sede da Entidade, segue a relação das atividades que continuam a ser desenvolvidas, tais como:
· Utilização do espaço – pelos jovens e adultos em várias atividades, tais: capoeira, trabalho com pessoas da terceira idade, contato total, festas, discussão de uma cooperativa de prestação de serviços, etc;
· Implantação de uma Oficina de Dança e de Teatro, (projeto em busca de parceria para estrutura e manutenção0;
· Entrega de leite (para 150 mães) em parceria com o Programa de Alimentação e Nutrição – da Secretaria de Agricultura e Abastecimento do Estado;
· Com a Associação Sampa.org visamos colocar a disposição da Comunidade o acesso informatizado, através da Internet, num exercício de cidadania e acessibilidade aos órgãos públicos, entre outros serviços que a Informática propicia; e, com o Instituto Arte e Sustento como proponentes e gestora, e nós como entidade executora do Projeto Casa Brasil, desenvolvemos o: Projeto: Capão Conectado, do Edital MCT-SECIS/CNPq/Casa Civil – ITI/CGPCB nº 041/2005, Processo nº 555102/2005-0, Modalidade: AI (projeto aprovado) – http://www.cnpq.br/. Projeto este, que reativou o Telecentro Comunitário, Biblioteca com um acervo de mais de 5.000 livros; Sala Multimídia – para trabalhar a “montagem” de uma Rádio Comunitária, ou Rádio e TV Web na sede, e reativar o Jornal da Entidade, etc;
· Temos grupos de jovens trabalhando uma nova forma de desenvolver a cultura como método de resgate à cidadania de nossa juventude, dando a eles próprios, capacitação através da arte, no fazer/fazendo de sua criatividade; desde 2002 junto com o Instituto Sou da Paz, lutaram
· pelos Direitos Humanos na questão do desarmamento e, ainda buscam alternativas para acabar com a violência, através do resgate da dignidade social e humana, etc;
· Através do nosso Movimento de Moradia, atendemos e conquistamos mais de 1.450 unidades de moradia em mutirão ou unidades prontas – no Jd São Luís, Campo Limpo B3, Talara, Embu das Artes, Tuparaoquera, Jd Vaz de Lima –, através da luta na Prefeitura, no Governo do Estado, e no Governo Federal em conjunto com outros Movimentos de Moradia;
· Pretendemos continuar a participar ativamente dos atos públicos, e outras iniciativas de formação ou em luta: por Dignidade, Ética e Cidadania Social;
· E, estaremos sempre querendo estabelecer novos parceiros para o desenvolvimento de novos Projetos seja: a crianças, adolescentes, adultos e, também, para a 3ª Idade.
Esperamos continuar com este trabalho e contamos com vocês para isso. Não queremos e nunca fomos oportunistas, para somente aparecer e dizer que vamos fazer isso ou aquilo, nossa prática é a satisfação que os filhos de vocês, e daqueles que necessitam, levam para casa.
É por isso, que queremos contar para o nosso Projeto, com você morador do Conjunto, ou do entorno deste, e que nos ajude a permanentemente construirmos um espaço digno para que nossos filhos se integrem, e se capacitem mais. Para desenvolvermos atividades que lhes ocupem o tempo ocioso que a mídia perversa do consumismo aliena, e que desagrega muitas famílias. Mas, sem promessas vãs, com pé no chão, porém cientes de nossa capacidade militante e consciência de nossa realidade de vida; portanto, contamos com você nesta jornada e neste desafio.
Abracem esta idéia, e venha com a gente...
A Diretoria

Quem foi Chico Mendes!


Chico Mendes líder sindical e seringueiro Chico Mendes foi assassinado no dia 22 de dezembro de 1988, em Xapuri, no Acre, vítima de um tiro de espingarda calibre 20. O crime foi atribuído a Darly Alves da Silva e seu filho Darci Alves Pereira.
O seringueiro é considerado um símbolo da luta pela preservação do meio ambiente no Acre e dos interesses dos povos da floresta, que sobreviviam do que ela gerava: do látex. Denunciava a intensidade e o ritmo com que a floresta estava sendo desmatada.
Um das demonstrações de sua luta foi em março de 1987, quando Chico fez um discurso cheio de denúncias na reunião do Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID) em Miami (EUA). Pediu a suspensão do financiamento do organismo para o prosseguimento da construção da BR-364, que cortava o estado de Rondônia e se estenderia até o Acre.
O objetivo do governo, na época, era criar uma saída para o Pacífico, a fim de escoar a produção gerada nos estados amazônicos e no Centro-Oeste pelos portos do Peru. Chico sabia que a estrada tinha provocado danos significativos para os seringueiros de Rondônia, em razão do desmatamento e das queimadas provocadas pelos fazendeiros. Com o apelo, o BID suspendeu o financiamento para a expansão da BR-364 e passou a exigir do governo brasileiro estudos de impacto ambiental na Amazônia.
Além do BID, o Senado dos Estados Unidos, onde o seringueiro também foi convidado a falar, fez recomendações a diversos bancos que patrocinavam projetos desenvolvimentistas na região. Alertou-os de abusos ao meio ambiente como os ocorridos em Rondônia.
Outro episódio fez crescer a ira dos fazendeiros acreanos contra Mendes: o reconhecimento ao seu trabalho, pela Organização das Nações Unidas.
Em 1987, a ONU conferiu a ele o Prêmio Global 500, de preservação ambiental. Chico Mendes foi o único brasileiro, até hoje, a conquistar este título.
Francisco Alves Mendes, o Chico Mendes, tem seu nome no Livro dos Heróis da Pátria. O decreto foi assinado pelo Presidente Luiz Inácio Lula da Silva, e publicado no Diário Oficial da União.
O livro encontra-se no Panteão da Pátria, localizado na Praça dos Três Poderes, está em exposição permanente para o público. Nele estão gravados os nomes de grandes personalidades da história brasileira, Joaquim José da Silva Xavier – o Tiradentes, Zumbi dos Palmares, Marechal Deodoro da Fonseca e D. Pedro.

Apresentação do Projeto Casa Brasil

No dia 05 de Maio de 2008, foi agregado a Associação dos Moradores do Conjunto Habitacional “Chico Mendes”, o projeto Casa Brasil.
O projeto Casa Brasil é um projeto do Governo Federal desenvolvido para atuar em áreas de baixo índice de desenvolvimento humano, oferecendo a comunidade à possibilidade de ingressar no mundo tecnológico, digital, artístico e cultural, gratuitamente.
Visa o desenvolvimento local, a democratização das comunicações, a apropriação autônoma, crítica e tecnológica, como exemplo, o software livre, utilizado em todas as suas atividades.
Com a criação de um Conselho Gestor, garantimos a participação da população local interessada em contribuir no crescimento da comunidade. O Conselho Gestor intervém para adequar o trabalho da unidade de acordo com as maiores necessidades e solicitações dos usuários, contribuindo assim com o melhor desenvolvimento de todas as atividades.
Situado na Associação dos Moradores do Conjunto Habitacional “Chico Mendes”, fundada em 29 de Outubro de 1989, traz uma longa história de luta e conquistas em vários Movimentos de Moradia e, uma das principais, foi à conquista e construção deste Conjunto Habitacional. Outro fato de sua longa história foi ter abrigado um dos primeiros 10 Telecentros comunitários da cidade de São Paulo, que serviram como experiência para o que hoje é a rede intermunicipal de Telecentros da Grande São Paulo. Uma instituição conceituada por seus trabalhos com crianças, jovens e adolescentes, estimulando a cidadania, trabalhando a inclusão digital e a capacitação profissional.


Temos o Telecentro, que atende em média 100 usuários diariamente. Sob a coordenação de Gabriel Martins de Souza e a monitora de atividade Nathalia Brandão, crianças, jovens, adultos e idosos, participam do curso de Introdução à Informática e, ao término do curso, ainda continuam freqüentando o espaço, agendando horários. Desde a data de início de suas atividades, estamos com 582 usuários cadastrados. Deste total, apenas 79 usuários estão interessados somente no acesso livre. Dos 503 restantes, 176 usuários foram chamados a participar do Curso de Introdução à Informática e, 139 já concluíram o curso.


Há a Biblioteca ou Sala de Leitura, onde freqüentemente alunos das redes de ensino público local realizam pesquisas escolares nos mais de 5000 livros catalogados ou on-line nos computadores conectados a Internet disponibilizados na Sala de Leitura. O responsável pela Biblioteca, Rafael Martins de Souza, desenvolve leituras com as crianças, reforço escolar e atividades lúdicas como, pequenas oficinas de desenho e brincadeiras com as crianças e alguns adultos membros da comunidade.


No Laboratório, realizam-se os cursos de Montagem e Manutenção de Microcomputadores, com jovens a partir de 13 anos e já com conhecimento básico de informática. A idéia do projeto é a realização do curso de Introdução à Informática e, após conclusão, os usuários serem encaminhados ao Laboratório para o curso de Montagem e Manutenção. O coordenador, Edson Reis, realiza também a manutenção de computadores da comunidade e, sob uma proposta visando o meio ambiente, desenvolverá também oficinas de Metareciclagem.


Temos o Estúdio Multimídia, onde o coordenador Josenildo Bispo, conhecido com Nildo Reggae, trabalhará com a criação, gravação e tratamento de conteúdos audiovisuais, produção e divulgação de trabalhos com revelações artísticas da comunidade. Junto com o Estúdio Multimídia, Nildo trabalhará também na Oficina de Rádio, estimulando a produção de conteúdos para rádio livre, rádio web, e outros tipos de transmissão pública de conteúdos e linguagem radiofônicas. Oferecerá oficinas de Produção de Áudio e Comunicação Comunitária, Web rádio e podcasting. Incentivando assim a produção de mídias abertas de interesse público, com cunhos comunitários, educativos, informativos, culturais e artísticos.

O trabalho desenvolvido por essas pessoas é patrocinado por um órgão que financia pesquisas cientificas, chamado CNPq (Conselho Nacional de Desenvolvimento Cientifico e Tecnológico) promove e sustenta grupos de pesquisadores que trabalham a distancia interligados por redes de computadores. Esse contrato tem o prazo de um ano onde, dentro deste período, os bolsistas devem desenvolver parcerias para a sustentabilidade do projeto pós a expiração deste contrato.


Em nossa Sala Multicultural, o Professor de Educação Física José Aparecido F. Silva, conhecido como Mestre Cidico, realiza aulas de Capoeira para todas as idades, aeróbica e ginástica para adultos, exercícios físicos para Idosos – com acompanhamento de Médico, enfermeiras e Agentes Comunitários; ainda na sala Multicultural, o Professor Eduardo realiza aulas com jovens e adultos de Muai Tai e, recentemente implantado, o projeto Reiki de terapias complementares, junto com a equipe médica e os agentes comunitários de saúde. Essas atividades são realizadas voluntariamente pelos nomes citados, uma vez que eles não têm vínculo com o projeto Casa Brasil, mas ajudam na divulgação do mesmo.

Outras atividades desenvolvidas pela Associação “Chico Mendes”, sem vínculo direto com o projeto Casa Brasil, é a entrega semanal de leite para as famílias cadastradas no Programa Viva Leite, da Secretaria da Agricultura e do Governo Estadual; e as reuniões mensais do Movimento de Moradia, com a população que sonha com a casa própria.

Inauguração Do Auditório!

Com a chegada do equipamento de Multimídia, no dia 20 de Novembro de 2008, realizamos a inauguração do Auditório do Projeto Casa Brasil, com a apresentação de filmes para a comunidade, uma Sessão Pipoca.

O evento contou com o apoio do Prof. De Educação Física e Mestre de Capoeira Cidico, voluntário na Associação Chico Mendes à muitos anos. Neste dia, o Mestre Cidico convidou à participar os alunos e seus pais, da capoeira, da aeróbica e a turma de alongamento da terceira idade.





Exibimos no dia, um documentário sobre capoeira, para os alunos e pais do Professor Cidico e, em seguida, o filme infantil “Kung Fu Panda”, que foi a diversão das crianças e de todos os adultos também.
Com a colaboração de voluntários, distribuímos pipocas, refrigerantes e frutas para todos durante a exibição dos filmes.
A Sessão Pipoca contou com a participação de, aproximadamente, 60 pessoas, entre crianças, jovens e adultos.

Estamos nos preparando para realizar agora, periódicamente, novas Sessões de Pipoca com a comunidade e, esperamos contar também com a sua presença.